Roda na Feira Orgânica da Glória

No dia 22/11/08, fomos convidadas pelo Renato, organizador da feira, a realizar uma roda em homenagem ao Dia da Consciência Negra.
Em meio há um sábado chuvoso e aparentemente duvidoso, realizamos nossa primeira roda de rua, com a presença de várias angoleiras e nossos queridos amigos, simpatizantes e apoiadores da causa.
Foi um momento lindo e harmônico, onde pudemos exercer a responsabilidade de "segurar uma roda", revesar o seu comando (através do Gunga) e saber o momento de encerrá-la, saudando nossos ancestrais e fortalecendo a luta dos grupos minoritários.
Segue aqui a bela impressão da angoleira Lilie sobre esse dia:
"Como pano de fundo, a feira orgânica da Glória e suas frutas coloridas espalhadas em barracas simpáticas e dedicadas... Um céu ameaçando chuva, mas deixando raios de sol alumear a roda...No centro, as capoeiristas tocam e soltam as vozes. Em volta, um público local de crianças, cachorros e rostos sorridentes que compõem o cenário e participam da energia... No primeiro plano, um jogo de capoeira, homenageando Zumbi dos Palmares e comemorando conquistas". (leia na íntegra no blog da Lilie)
A Feira Orgânica da Glória acontece todos os sábados de 9h à 13 h na Rua do Russel, Glória , Rio de Janeiro.

Encontro mensal - Novembro


Dando continuidade a proposta de realizar encontros mensais para discutir questões diversas, articular ações e praticar capoeira juntas, o coletivo de angoleiras do Rio se encontrou no dia 02/11, na casa de uma das integrantes, em Niterói - tendo em vista que os encontros itineram pela casa de todas as participantes, independente do local.
Num domingo ensolarado, as angoleiras chegaram "em peso" no local de encontro e puderam vivenciar um dia inteiro juntas, compartilhando experiências, angústias, levantando questões e propondo soluções. Tudo isso num ambiente onde as crianças são super bem-vindas e procuramos oferecer infra-estrutura para que as angoleiras-mães sintam-se à vontade e despreocupadas para cantar, jogar e conversar.
Finalizando o ciclo de debates, armamos nossos berimbaus e preparamos o "terreiro" para a nossa roda, iniciando o ritual com ladainhas cantadas por todas as angoleiras (até algumas autorais!), lindos corridos e belos jogos. Tudo isso acompanhado por uma bateria afinada e um ritmo harmônico.
Por fim, como símbolo de despedida, elegemos o toque Iúna - em homenagem aos que já "se foram" - para encerrar nosso encontro no Dia de Finados. Foi um momento lindo e a sincronia foi perfeita.
Axé angoleiras!

Angoleiras com Milton Guran e amigos

Abertura da exposição Refluxo da Diáspora

No dia 09 de agosto de 2008, realizamos uma roda, a convite do fotógrafo Milton Guran, na abertura de sua exposição - "Refluxo da Diáspora" - no Centro Cultural José Bonifácio.
A mostra, que retrata as comunidades Agudá e Tabom, da África Ocidental, é resultado de um trabalho de pesquisa e de documentação feito a partir de 1994 na República do Benim e em Gana que trata da saga dos libertos no Brasil que voltaram para a África no século XIX (antes da abolição da escravatura) e lá construíram uma nova identidade social baseada na cultura adquirida no Brasil.
A roda foi teve um axé muito especial e contou com a presença de amigos e convidados de diversos grupos.


jogo de Ludmilla e Flavinha na roda do "Refluxo"